Do lado do Flamengo, se alguém saiu de campo com motivos para comemorar foi Vinícius Júnior. Em sua terceira participação como profissional, a revelação teve mais tempo de jogar do que nas oportunidades anteriores e mais que dobrou sua experiência no time principal.
Antes do jogo contra o Furacão, Vinícius tinha apenas 17 minutos como profissional, jogados contra Atlético-MG e Atlético-GO. Na Arena da Baixada, somou mais 21 e chegou aos 38. Ele ainda não tem um tempo inteiro jogado, mas ficou feliz com o progresso.
— Estou mais à vontade. O grupo e o Zé Ricardo vêm me dando bastante apoio e, com o passar do tempo, estou conseguindo jogar bem melhor — disse o atacante, que deu dois chutes a gol: — Infelizmente a bola não entrou. Agora é trabalhar, ver o que temos que melhorar e pensar no Botafogo (adversário de domingo) a semana toda.
Ao analisar a evolução do jovem, Zé Ricardo manteve o cuidado de não jogar pressão sobre ele. Mas admitiu que o atacante pode ser titular.
— A partir do momento que entra no nosso elenco, a gente coloca ele em treinamento e, no dia a dia, vai dando condição para se adaptar aos companheiros, o que é importante. Tem que ter muita calma. A gente não quer colocar muita cobrança em cima dele, porque não seria justo. Sem dúvida, aos poucos ele ganha confiança. Sabemos que o timing dele é diferente, mas encontrando o timing e o entrosamento com os companheiros, pode ser que brigue, sim, pela vaga de titular.
DESFALQUES MUDAM A CARA DO FLA; CONFIRA QUEM APROVEITOU A CHANCE
As ausências dos lesionados Diego, Everton, Gabriel e Berrío além da de Ederson – poupado -, fizeram Zé Ricardo apostar numa escalação improvável no empate por 1 a 1 com o Atlético-PR. Voltou ao esquema com três volantes e surpreendentemente lançou mão de Cuéllar, pouco utilizado por ele desde sua chegada. Mancuello, Matheus Savio e Renê, este por opção em relação a Trauco, foram as outras caras novas. No segundo tempo, Lucas Paquetá e Vinícius Junior entraram e mostraram que podem ajudar o Flamengo no Brasileirão.
Gringos dão conta do recado
Cuéllar começou afobado, dando botes de primeira, mas logo se equilibrou e fez partida segura. Num dia em que Willian Arão, que não vem jogando bem, esteve sumido, e Márcio Araújo atuou mal, o colombiano foi o melhor dos volantes. Vale destacar, porém, que Arão mais se comportou como um meia do que como jogador de marcação.
Cuéllar interessa ao Vitória, mas Zé Ricardo disse desconhecer tal intenção dos baianos e afirmou contar com o atleta enquanto este estiver na Gávea.
Mancuello, autor do gol rubro-negro na partida com o Furacão, não foi intenso, mas mostrou a efetividade em sua batida na bola. Embora tenha marcado de cabeça, criou outras jogadas de perigo com bons cruzamentos.
Garotos fazem bonitas jogadas
Vinicius Júnior teve neste domingo sua maior utilização dentro de um jogo. Participou de 25 minutos – entrou aos 24. De 16 anos, foi bem mais perigoso do que o apagado Matheus Savio pelo lado esquerdo. Savio não teve bom entendimento com os companheiros do corredor que ocupava, Renê e Mancuello.
O trio, desentrosado, afunilava por diversas vezes, o que ocasionava erros bobos de passes. Vinicius, por sua vez, pedalou e achou dois bons cruzamentos para Guerrero. Com personalidade, chutou – mal – de fora da área aos 46 minutos.
Paquetá só atuou 19 minutos – entrou aos 30, mas protagonizou jogada que valeu o ingresso aos 43 minutos da etapa final. De 19 anos, mostrou calma para vencer Otávio e deixar Guerrero em ótimas condições para definir jogada que poderia dar a vitória ao Flamengo, mas o peruano furou.
Renê não corresponde
Ótimo defensivamente, Renê desta vez sofreu muito com os avanços de Jonathan por seu lado. Como citado anteriormente, o lado esquerdo, incluindo Rafael Vaz, também em tarde ruim, como um todo não funcionou bem. Na frente, onde admite ter deficiências para apoiar, foi tímido e acabou como líder em erros de passe da equipe (cinco).
Vale destacar que a entrada de Renê em nada tem a ver com os desfalques de Zé, mas sim pelo bom rendimento demonstrado nas últimas partidas.
CBF FAZ VISTORIAS NO ESTÁDIO DA ILHA, APROVA LOCAL, PORÉM FLA AINDA DEPENDE DE LAUDOS TÉCNICOS
Na manhã desta segunda-feira foi a vez da CBF visitar o estádio da Ilha. A confederação foi ao local avaliar itens como dimensões do campo, banco de reservas e balizas e tudo estava de acordo com as normas exigidas pela entidade - as informações foram divulgadas pelo repórter Gustavo Rotstein do portal Globo Esporte.
Porém ainda falta, conseguir laudos técnicos autorizando que o clássico contra o Botafogo aconteça no local. Mas de acordo com o presidente Eduardo Bandeira de Mello, os laudos restantes, dos Bombeiros e da Polícia Militar, estão encaminhados.
— Tudo indica que o clássico vai ser na Ilha efetivamente porque os laudos que faltam provavelmente vão ser disponibilizados nesta segunda ainda. Então, acredito que vamos ter condições de inaugurar nosso estádio na Ilha — disse o mandatário rubro-negro ao canal ESPN Brasil.