A rivalidade entre Flamengo e Botafogo se aflorou nos últimos meses. Seja por provocações entre ambas as diretorias - que não tem boa relação - ou pelas "cutucadas" dentro e fora de campo, os dois rivais voltam a protagonizar, neste domingo, às 11h, no Raulino de Oliveira, mais um novo capítulo deste clássico.
E seja no orçamento ou no desempenho, os clubes passam por momentos bem distintos na temporada. No lado financeiro, o Rubro-Negro tem ganhos e uma folha salarial muito maior: o orçamento prevê R$ 411 milhões somente em 2017, com o gasto aproximado de R$ 9 milhões mensais. Enquanto isso, o Glorioso tem o orçamento previsto em R$ 191 milhões (com R$ 166 milhões de verba total do futebol), com folha salarial girando em torno dos R$ 3,5 milhões.
Nas contratações, o maior gasto segue do lado da Gávea: até o momento, o Flamengo investiu cerca de R$ 15 milhões em contratações, com Berrío e Renê. Isso sem contar as possíveis despesas em breve, já que o clube está próximo de anunciar as contratações de Rhodolfo e Éverton Ribeiro. Por um outro lado, o Rubro-Negro contratou Trauco, Rômulo e Conca sem custos, fora os salários.
No Alvinegro, quase todos os reforços chegaram a custo zero - como Roger e Gatito Fernández - com exceção de João Paulo, que custou R$ 3 milhões pagos no final do ano passado. Montillo, que chegou como principal nome para 2017, custa salários + luvas (na casa dos 400 mil mensais). Mesmo sem ainda ter dado o retorno esperado, o argentino é o maior salário do elenco. Comparado com o que recebe Paolo Guerrero no rival rubro-negro - vencimentos próximos de R$ 900 mil - a discrepância entre as duas folhas salariais fica em evidência.
E em 2017 o dinheiro não tem falado mais alto: enquanto o Flamengo já foi eliminado da Libertadores - na fase de grupos - o Botafogo - com orçamento muito menor - passou como líder - depois de jogar também as fases iniciais da competição - e está classificado para as oitavas de final do torneio continental. Na Copa do Brasil, os dois times são os únicos cariocas nas quartas de final.
Principal competição de ambas as equipes no começo da temporada, a Copa Libertadores se torna o diferencial e principal referência do desempenho esportivo dos rivais em 2017. Mesmo com menor orçamento, folha salarial e um elenco mais enxuto, o Glorioso faz bonito e segue vivo nos três principais torneios do ano. No Rubro-Negro, nem mesmo o título carioca trouxe o alívio para a sequência do trabalho que, devido ao alto investimento, tem a pressão e desejo de um retorno com títulos na sequência das principais competições.
Nos dois duelos no ano, o Flamengo se deu melhor, com duas vitórias sobre o Botafogo. Na análise geral do desempenho na temporada, o Glorioso tem mais o que comemorar, com a boa campanha dentro da libertadores. O terceiro capítulo entre esta rivalidade dos dois clubes está marcado para este domingo.
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